14/08/09

Downloads ilegais: vai a TV Guia acabar

«A diferença entre um link e o seu conteúdo pode ser explicada da seguinte maneira: um jornal contém a programação televisiva, isto é, um link que permite que o cidadão possa descarregar um filme de um televisor através de um aparelho denominado “vídeo”. O link é a programação que o jornal traz, o conteúdo é transmitido pela estação de televisão. No caso dos sites de links ocorre o mesmo: o site possui o link e o cidadão, se dispõe de um programa de downloads configurado para identificar os links, pode colocar o seu computador em contacto com o de outros cidadãos de modo a descarregar o ficheiro. Nem uma única das 625 linhas do programa de televisão passa pelo jornal, nem um único bit da obra passa pelo site de links.

Um site de links apenas contém metadados (dados sobre dados), mas nunca uma obra protegida, pelo que não se poderá efectuar uma comunicação da mesma. Dado que não se regista uma comunicação pública, tanto faz que o site tenha ou não fins lucrativos, uma vez que a lei exige a simultaneidade de ambas as circunstâncias de modo que, na ausência de uma delas, não existe qualquer delito.»

David Bravo (um dos advogados de defesa no caso Sharemula)

Pergunto eu: será que vão fechar a TV Guia ou acabar com a programação TV nos jornais?

10/08/09

“Vão mas é trabalhar, pá”!!!

Domingo 9 de Agosto, Auto-Estrada 17, final de tarde:
Ontem, pelas 20.15 horas, na A17, um carro da Brigada de Trânsito da GNR, circulava a 118 km/h, na faixa da direita. Nada de anormal, até aqui.
Uma fila de automóveis perfilava-se atrás da referida viatura, quais ovelhas seguidoras, com medo de ultrapassar os senhores agentes da autoridade. Também nada de anormal até aqui, partindo do princípio que somos Portugueses.
A Auto-estrada, que se encontrava sem qualquer tipo de congestionamento, em que se via um carro de 5 em 5 km, com excepção, está visto, daqueles que faziam parte da fila “ávida” de ver como conduz um BT-GNR.
Então não é que um desgraçado e irresponsável condutor de uma viatura se atreve a tentar ultrapassar os agentes com o seu bólide, a uns estonteantes 135 km/h!!! De imediato, zelosos do seu dever, os agentes, numa manobra digna dos melhores e mais seguros condutores, mudaram subitamente de faixa (para a central), ligando o seu avisador de tejadilho, com a frase “BT-Controlo de velocidade”, fazendo com que o abusador condutor se perfilasse, igualmente na faixa da direita, atrás da referida Brigada (que entretanto voltou à faixa original) , seguindo cerca de 10 carros, em fila indiana, e mantendo todos a respeitável distância de segurança de 5 metros entre carros, que, como se sabe é o “indicado” para uma AE!
Tal cena repetiu-se, pelo menos 3 vezes, uma delas comigo.
É a isto que chamam e apregoam de “condução segura”, “civismo”, “respeito”, etc, etc...?
Eu a isto chamo, pura e simplesmente, estupidez em estado puro de agentes de autoridade que não devem ter mais nada com que se preocupar do que gozar o prato, ou então mostrar a sua (não) autoridade (Freud deve ter uma explicação melhor para isto).
Como diz um famoso personagem dos Contemporâneos: “Vão mas é trabalhar, pá”!!!

04/08/09

CMVM multa Benfica-SAD em 40 000 €

A multa com que a CMVM brindou o Benfica tem tanto de justa (como se vê, aliás pela aceitação da mesma por parte da Benfica-SAD como de completamente desfazada da realidade do Negócio Futebol e do que em torno dele gira.
Explicando melhor: A especificidade de uma contratação de um profissional de futebol, o que ela envolve, a quantidade inusitada de notícias sobre transferências que circulam diariamente, a maior parte delas falsas, apenas com o intuito de inflacionar joagadores (para não falar de outro tipo de interesses), é de tal forma grande que não tem comparação, por exemplo, com uma qualquer grande empresa que esteja a trabalhar para adquirir uma outra ou a preparar um grande negócio. Neste caso, não há permanentemente jornalistas a seguir administradores de empresas como o fazem com dirigentes desportivos, empresários e jogadores, plantados no aeroporto, com outros jornalistas do outro lado do mundo a fazer exactamente a mesma coisa, com dirigentes de equipas vendedoras a falarem para a comunicação social, também eles a tentarem tirar maior partido do negócio, e por aí fora.
Como tal, os clubes, qualquer um que seja, actua de igual forma com o objectivo de tentar fazer o melhor negócio possível, ao menor custo e sem a intromissão de outros clubes, que como é óbvio, também têm o direito de fazer, e fazem, o mesmo, podendo-se mesmo dizer que os benefícios de tal actuação são de tal maneira grandes, que multas mínimas de 40 000 € ou máximas de 150 000 €, acabam por ser diluídas no investimento feito, e serem meramente residuais não tendo qualquer tipo de expressão.
Nesta perspectiva, concluísse que as regras do mercado, embora tenham de ser iguais para todos, deveriam ser mais específicas em certas e determinadas áreas.

Ó Isaltino!!! E o Povo pá????

E não é que o homem se vai candidatar na mesma? Mas que raio de país é este e que tipo de justiça temos quando alguém que é efectivamente condenado, continua a gozar de plenos direitos como qualquer outro cidadão?
Sabendo de antemão da complexidade da justiça, custa no entanto a engolir, casos em que "por dá cá aquela palha" metem um tipo na prisão, e se calhar unicamente porque tentou arranjar comida para dar aos filhos e outros, depois de condenados a 7 (SETE) anos de cadeia efectiva ainda dão conferências de imprensa que considero, no mínimo, surreiais.
Tirem-me deste filme!!!

Cargos Públicos Vs Justiça

Diz Manuela Ferreira Leite (MFL), em declarações prestadas esta manhã, que não comentava um assunto tão sério como as candidaturas a eleições de pessoas condenadas na justiça, ou acusadas, em vésperas dessas mesmas eleições.
Esta questão foi colocada pela comunicação social no seguimento das declarações de Marques Mendes (MM) a colocar o “dedo na ferida”, aliás no seguimento de uma posição de coerência que já anteriormente tinha assumido, aquando da sua passagem pela liderança do PSD.
É claro que MFL não tem que pensar, ou ter a mesma opinião de MM ou vice-versa. Mas já não é tão claro que uma pessoa, candidata a 1º Ministro do País possa “pactuar”, ainda que pela via do silêncio, com este tipo de situações, ainda para mais quando, em pelo menos dois destes casos, os candidatos têm ligações ao PSD, ainda que não sejam apoioados pelo partido, pelo menos de forma oficial...
É óbvio, e da mais elementar justiça, e qualquer cidadão percebe que estes casos não credibilizam em nada o poder público e os políticos que o representam e servem (ou deviam servir), pondo em questão o trabalho pela “Causa Pública” que deveria nortear o sentido de quem fez da política profissão.

Pelas amostras que já tivemos anteriormente, paraece que os eleitores dos locais onde estas pessoas se candidatam é que pensam de outra maneira, pactuando, igualmente com esta espécie de “os meios justificam os fins”, o que não é de admirar, porque, afinal estamos em Portugal.