31/10/09

Sondagem Lobo Ibérico Vs Parques Eólicos

A preservação do Lobo Ibérico e a construção de Parques Eólicos tem sido um tema que tem causado bastante discussão, a maior parte dela sem fundamento. Gostava por isso, que participassem neste mini-sondagem sobre o tema. Eis o link http://twtpoll.com/n41z8d

27/10/09

O Twitter, o Ambiente e a Economia


Já faz algum tempo que queria escrever algo sobre a relação que poderá existir entre as redes sociais, neste caso em particular, o Twitter, o ambiente e a economia. Penso até que é um tema que poderá dar “pano para mangas”, como reza a expressão popular.
A primeira coisa que me veio à cabeça na altura foi que o Twitter, pelo facto de se ter apenas 140 caracteres para se dizer algo, apelava, antes de mais e em primeiro lugar, à capacidade de síntese de cada um de nós, e em segundo lugar ao captar imediato da mensagem por parte do(s) receptor(es), e que isso seria um bom exercício não só para outras plataformas sociais (MSN, Facebook, LinkedIn), mas principalmente para jornalistas, estudantes, escritores, autores de blogs, etc, aplicarem nos seus trabalhos, notícias, teses, posts, etc.
Afinal de contas, dizer em poucas palavras alguma coisa que normalmente se diz no dobro ou mais, acaba por nos fazer ser assertivos, e todos nós sabemos o valor que a assertividade tem nos dias de hoje.
Na mesma linha de pensamento, escrevendo menos para dizer o mesmo, vai-se traduzir, em grande parte dos casos, numa economia de papel, de tinteiros, de electricidade, e por aí fora, até à famosa redução de emissões de carbono (esta será uma estimativa para ser feito mais tarde...).
Conclui-se então, ainda que de forma empírica e quiçá grosseira, que o Twitter, para além de ser “amigo do ambiente” acaba por ser também economicamente atractivo.

23/10/09

Environnement Wildlife Photographer of the Year


Nos últimos 20 anos era impossível obter esta magnífica fotografia. Um lobo ibérico (Canis lupus signatus) a saltar uma cerca ganhou o prémio principal do concurso «Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year». O autor desta obra de arte é José Luis Rodríguez (Espanha).

22/10/09

Dulce Pássaro, Ministra do Ambiente - Curriculum



 Vogal do Conselho Directivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos
Nascida em Oliveira do Hospital em 1953, concluiu a licenciatura em Engenharia Química – Ramo de Tecnologia em 1976 no Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Especialização em Engenharia Sanitária em 1982 na Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a sua actividade profissional como assistente de Química e Métodos Instrumentais de Análise no Instituto Politécnico da Covilhã. Em 1977 ingressou como técnica superior na Direcção Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos, onde desempenhou funções de controlo das descargas de águas residuais industriais. Em 1986 transitou para a Direcção Geral da Qualidade do Ambiente, onde desenvolveu actividade no âmbito da aplicação do normativo comunitário no domínio do Ambiente, designadamente no combate à poluição marítima e no controlo das substâncias perigosas no meio aquático. Integrou o grupo de trabalho nomeado para a elaboração da primeira lei nacional da qualidade da água, o Decreto-Lei 74/90. Em 1990 foi nomeada Chefe de Divisão de Resíduos na Direcção Geral da Qualidade do Ambiente. Em 1993 foi nomeada Directora do Serviço de Resíduos e Reciclagem da Direcção Geral do Ambiente. Em 1997, com a criação do Instituto dos Resíduos, foi designada Directora do Departamento de Planeamento e Assuntos Internacionais daquele instituto. Em 2000 assumiu as funções de Presidente do Instituto dos Resíduos. Desde 1990 ligada à área dos resíduos, participou na discussão das directivas de resíduos, sendo membro de vários comités presididos pela Comissão da União Europeia e participou na elaboração e coordenação da implementação de toda a legislação nacional relativa a resíduos. Foi membro dos grupos de trabalho que elaboraram o Plano Nacional de Resíduos e mais tarde os Planos Estratégicos para a Gestão dos Resíduos Industriais e Hospitalares. Participou na elaboração da legislação de resíduos para o Território de Macau. Desde Março de 2003 é vogal do Conselho Directivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos.
Informações retiradas do sítio do Instituto de Resíduos: www.irar.pt

20/10/09

Pride (In the Name of Love) - U2 Celtic Tribute

And for those who prefers Celtic Sounds (Instrumental)!


Africa Celebrates U2 - Pride (In The Name Of Love)

For those who loves the Sounds of Africa and enjoy U2!


Crónicas C’um Caneco - Dia 3

Um quarto de hora, apenas um quarto de hora, foi o tempo que passou entre Eugénia ter o Inspector Rodolfo em frente a si, junto à sua porta, e este continuar igualmente à sua frente, mas agora numa sala de interrogatório da Polícia Judiciária.

Afinal a casa de Eugénia distava apenas cerca de 800 metros da Sede da PJ, tendo, praticamente levado mais tempo a descer as escadas do seu prédio com as mãos algemadas, do que própriamente o transporte entre os dois locais, na viatura baforenta da bófia.

Eugénia olhava para os seus pulsos e sorria. Ainda conseguia sorrir. “O que será que ainda fazia quela mulher sorrir”, questionava-se o inspector achando intrigante, mas ,ao mesmo tempo, cúmplice aquele esgar malandro na face daquela mulher que tinha algo de exótico.

Mal sabia ele, que o sorriso de Eugénia Epifânia ao mirar o par de algemas lhe trazia à memória alguns momentos completamente loucos passados com Tobias. Era um sorriso mais erótico do que exótico.


(Continua...um destes dias!)

19/10/09

Caça vs Ambiente

Perguntam-me muitas vezes, até pela actividade profissional que exerço, se sou contra ou a favor da actividade cinegética, vulgo Caça.
E, embora por motivos diferentes, sempre, ou quase sempre ficam admirados com a minha resposta: Sim, sou a favor e não tenho nada contra tal actividade, desde que bem sustentada quer a nível legal quer, principalmente, por quem a pratica.
E ficam admirados, porque quase toda a gente confunde Ambientalistas/Ecologistas com profissionais que trabalham em Ambiente, cuja regra nº 1 a seguir deverá ser, sempre, a da "Sensibilidade e Bom Senso".
Se o interlucotor é um cliente, promotor de um qualquer projecto, seja ele eólico, hídrico, agrícola ou turístico, fica logo todo contente porque pensa "Porreiro, estes tipos não vão colocar muitos entraves no Estudo ou parecer". Passados dois dias fica desenganado.
Se estamos a falar com ambientalistas mais pró radical, o pensamento já é o "Olha estes querem é agradar a quem lhes paga, por isso temos é que lhes dificultar o processo ao máximo".
É, com as devidas diferenças, a atitude adoptada por quem é a favor ou contra a caça, defendendo as suas posições de forma extrema.
Repare-se na cruel foto em baixo (autoria de Luis Vicente, Biólogo): Quem matou estas duas rapositas e as deixou penduradas na placa toponímica, nunca foi, não é, nem nunca será Caçador. Não passará de um ser ignóbil, que jamais terá o respeito dos outros, quanto mais respeito por si mesmo.
Só que temos que saber distinguir entre o imbecil que fez isto e a grande maioria dos Caçadores (e eu conheço bastantes), que nunca praticaria um acto desta natureza.
Assim como o Promotor de um projecto tem de adoptar a atitude de um caçador consciente, um ferveroso ambientalista tem de adoptar a atitude de bom senso de um profissional sério da área ambiental, não tomando o joio pelo trigo.


18/10/09

Joel Xavier

The best portuguese guitar player. One of the world greatest guitar players! Joel Xavier

17/10/09

Parque Eólico de Douro Sul

O Resumo Não Técnico do EIA do Parque Eólico de Douro Sul e Linha Eléctrica 400 kV pode ser descarregado aqui RNT.

16/10/09

Lobos no Parque Eólico de Douro Sul


Mas porquê que o Investigador que dá a notícia não dá a cara, e não diz que já participou em outros estudos, inclusivamente comigo e com a equipa técnica que realizou o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) e que foi convidado para este. Nota-se que esta equipa, com mais ou menos este ou aquele elemento, já elaborou quase uma centena de EIAs de Parques Eólicos.
Se alguma coisa está a ser feita neste país para salvaguardar os lobos é através das acções pagas pelos Promotores Eólicos e que tb contribuem para os estudos deste investigador. Neste caso, de Leomil, já um parque está aprovado para lá, também já existem acessos por todo o lado. Existem medidas de minimização rigorosíssimas no EIA deste parque. E as alcateias existentes noutros lugares têm vindo a crescer, exatamente devido aos planos de monitorização, e às acções desenvolvidas em função, destes implementados nos EIA e pagos pelos promotores de parques eólicos, tais como as associações de defesa do lobo ibérico que são financiadas pelos promotores eólicos. Esta notícia peca por ser tendenciosa e só ter ouvido uma parte. A que faz mais barulho e que gosta de jogar nos 2 lados!!!
Quem se deslocar ao local vê que caminhos de acesso já existentes é o que não falta, caindo por terra o argumento que a abertura de acessos iria prejudicar o lobo (é verdade em muitos casos. Não o é neste!).
Infelizmente, não posso tecer mais comentários, por motivos profissionais, mas existe muito, mas mesmo muito contraditório para fazer a esta notícia.

10/10/09

Parque Eólico da Cabreira

Foto tirada no parque eólico da Serra da Cabreira, em Vieira do Minho.
A autoria é de Pedro (O Mexicano) Gonçalves.

Crónicas C’um Caneco - Dia dois

Depois de um banho mal amanhado, que apenas serviu para que ficasse, ainda mais, a questionar a sua dupla e cruel existência, Eugénia Epifânia vestiu, apenas e com desleixo, uma camisa XL beije sob a tez branca, tornando-a ainda mais pálida do que realmente estava.

Após o telefonema “da outra”, e sabendo que a polícia não tardaria a bater à porta, ainda pensou em pegar na velha mala, que por tantas batalhas tinha passado, despejar lá para dentro a (pouca) roupa que tinha e que se encontrava nas gavetas da cómoda, e fugir. Mas assim não poderia saber, pelo menos tão depressa quanto a curiosidade de uma mulher o permite, porque quereriam falar com ela e, mais importante, o que é que Tobias tinha a ver com o caso. Sim, porque para ser Vanessa a ter-se dado ao trabalho de lhe telefonar, é porque o Tobias estava metido em alguma confusão, que não deveria ser tão pequena quanto isso. E, de qualquer maneira, iria dar à sola porquê? Não tinha feito nada de mal! Bem, pelo menos que se lembrasse...É que aquela janela de 4 horas da madrugada anterior continuavam a ser um profundo buraco negro de lembranças.

Enquanto fumava “um pensativo cigarro”, ouviu a porta da rua brotar um esgar de dor, enquanto uma voz alta, firme e clara ordenava que abrisse a porta. Tinha chegado a polícia. Nervosa, com a beata trémula entre os amarelecidos dedos, abriu a porta, deparando-se com um tipo que nada tinha a ver com a voz que instantes antes ecoava pelo sala. Era Rodolfo. O Inspector Rodolfo da Judiciária, ladeado por mais dois agentes, ambos de casaco de cabedal rafado, e barba de três dias, a contrastar com a delicadeza da aparência do Inspector.

De imediato um gélido arrepio galgou toda a espinha de Eugénia. Alguma coisa lhe dizia que tempos problemáticos se avizinhavam. E não seriam financeiros...

(Continua...um destes dias!)


07/10/09

Crónicas C’um Caneco - Dia um

Eugénia Epifânia tinha acordado confusa. E dorida. Se a sensação de evasão mental tinha uma explicação lógica, ainda que não imediata, já a profusão de dor após o último par de costelas causava, mais que estranheza, preocupação.
Eugénia, bem olhou para o fundo e em redor dos seus aposentos, na esperança de decifrar alguma pista ou que algo lhe iluminasse o que poderia ter ocorrido na obscuridão em que se tornaram as últimas quatro horas da sua, já por si, desregrada vida, tal como seu pai a costumava, de forma simpática apelidar. Mas nada. Nada mesmo. A última (e única) coisa que se lembrava foi de dizer a alguém que aquele copo de final de noite é que lhe tinha feito mal. E de o repetir, vezes sem conta. Depois disso era uma imensa branca.
Os raios de sol penetravam, quais flechas lancinantes os seus olhos amêndoa, que herdara da mãe, através da primeira fiada de frinchas de um mal amanhado estore, que já não tinha a companhia do vidro da janela, partido numa das últimas discussões com o marido, amante e chulo, Tobias.
Tobias era o seu homem. O Homem, ora com agá grande ora com agá pequeno. O papel que representava na sua vida variava conforme os humores deste ou dos dias da semana. Certo, certo, é que entre segundas e quintas Tobias não aparecia. Mandava um dos seus “Streetdogs” fazer a coleta do que Epifânia tinha amealhado nessas 3 noites.
Mas aquela era uma manhã dominical. Por norma, Tobias costumava estar a seu lado nos dias santos. Mas por que raio não estaria naquele? Esta dúvida seria mais tarde desfeita, da pior maneira possível, através de uma chamada da esposa de Tobias que a avisara que a “bófia” estaria a caminho de sua casa, para lhe fazer “umas perguntinhas”. O tom de voz de Vanessa, embora preocupado, não escondia uma certa satisfação de alguma forma escabrosa. Vanessa era um dos vértices do triângulo da vida de Epifânia e de Tobias. O vértice oficial.
A confusão instalava-se e estalava cada vez mais a cabeça de Epifânia. O que quereria a “judite” saber dela? Porque telefonaria Vanessa? Onde estava Tobias? O que teria acontecido naquelas últimas horas? E porque raio lhe doíam os quadris?
(Continua...um destes dias!)