20/10/09

Crónicas C’um Caneco - Dia 3

Um quarto de hora, apenas um quarto de hora, foi o tempo que passou entre Eugénia ter o Inspector Rodolfo em frente a si, junto à sua porta, e este continuar igualmente à sua frente, mas agora numa sala de interrogatório da Polícia Judiciária.

Afinal a casa de Eugénia distava apenas cerca de 800 metros da Sede da PJ, tendo, praticamente levado mais tempo a descer as escadas do seu prédio com as mãos algemadas, do que própriamente o transporte entre os dois locais, na viatura baforenta da bófia.

Eugénia olhava para os seus pulsos e sorria. Ainda conseguia sorrir. “O que será que ainda fazia quela mulher sorrir”, questionava-se o inspector achando intrigante, mas ,ao mesmo tempo, cúmplice aquele esgar malandro na face daquela mulher que tinha algo de exótico.

Mal sabia ele, que o sorriso de Eugénia Epifânia ao mirar o par de algemas lhe trazia à memória alguns momentos completamente loucos passados com Tobias. Era um sorriso mais erótico do que exótico.


(Continua...um destes dias!)

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