31/12/09

Lúcio era mau

Aquele homem tinha maus fígados. O seu nome era Lúcio, como os dos peixes lá do rio. Na aldeia ninguém gostava dele. Todos ficavam magoados, até feridos, com os seus comentários e acções. Por isso lhe chamavam Lúcifer...

23/12/09

Crónicas C’um Caneco - Dia 7

A sala da PJ, de um momento para outro, ficara vazia. Apenas Eugénia lá continuava, mantendo o ambiente, ainda relativamente quente. Rodolfo e os seus agentes tinham-se ausentado, momentaneamente, para um compartimento anexo, imune a olhares indiscretos e longe dos ouvidos de toda a corporação. O momento era delicado, contrastando com Rodolfo que estava prestes a partir a loiça toda.
- Foda-se! Exclamou. Nada bate certo nesta história! E nós? O que temos? Nada! Nada!!
- Desculpe Inspector, mas não concordo consigo.
Tobias arregalou os olhos e fitou aquele que era o agente mais velho no activo, e conhecido pelo seu sentido de humor, que utilizava, por norma, nas alturas mais inconvenientes. Matos Leitão era o seu nome. Com ele ninguém conseguia meter uma piada, para além da já gasta promoção a Porco que nunca mais saía. Aliás, nem essa nem a outra. A profissional.
- Acho até que temos muita coisa - continuou o agente Leitão. Senão vejamos: temos um cadáver de um chulo, a sua mulher e a amante. E sabemos que ambas esgalham à noite. Parece-me óbvio que temos 50% de probabilidades de acertar na mouche. Se aguardarmos pelos resultados do laboratório, tenho a certeza que saberemos logo qual delas limpou o sebo ao homem...
- Achas? Perguntou Tobias. Sinceramente, acho que não. Há muita coisa que não joga aqui. Tudo nos levou a crer que tivesse sido a puta. Principalmente depois de termos falado com a mulher da vítima. Agora, e depois do interrogatório à Epifânia, custa-me a crer...De qualquer maneira, acho que temos de interrogar a Vanessa outra vez. Nela tudo foi demasiado óbvio. Principalmente a fazer crer que a amante do marido era a responsável por isto tudo... e se calhar até é! Mas indirectamente. Vais ver que o laboratório me vai dar razão. Antes de eu dar “alta” à Eugénia, pede à toxicologia que lhe faça recolhas. De alto a baixo! – ordenou Rodolfo.
- Mas, mas... Inspector...vai deixar a mulher ir embora?
- Claro que vou! Tudo o que ela disse é perfeitamente plausível e nós não temos nenhuma prova contra ela. A única coisa que tenho a certeza é que ela gramava o chulo à brava. Até demais! E quase que aposto que os resultados da toxicologia a vão ilibar. Ou não...
Rodolfo abriu a porta maciça que separava as salas, e dirigindo-se a Eugénia, colocou-a a par da situação, agora de uma forma já mais simpática do que as abordagens anteriores.
- Quando quiser pode sair. Pedia-lhe apenas que aguardasse alguns minutos para a nossa equipa médica lhe faça alguns exames e proceda a umas pequenas recolhas de material para análise. Pressuponho que o fará de forma voluntária, não?
- Claro que sim, Inspector. Agradeço-lhe até! Já agora, e se me permite a pergunta, essas análises vão revelar o porquê de eu não me lembrar de nada do que se passou ontem à noite?
- Vamos ver, vamos ver! Entretanto, se precisar de alguém para depois a levar a casa, diga-me que um dos meus homens encarregar-se-á disso.
- Não, Inspector. Não é preciso. Eu moro aqui bem perto, como sabe. Vai-se bem a pé. Agora se o Inspector me quiser acompanhar, de certeza que não recusarei tão calorosa oferta...
As pernas de Rodolfo tremeram que nem as de um poldro acabado de nascer! Não esperava por uma sugestão daquelas! Aliás, aquilo era mais um convite descarado do que uma sugestão...E, por outro lado, já tinha combinado com os colegas ir beber uns “birinaites”, mas...

(Continua um destes dias...)


16/12/09

Parabéns Pai

Eu sei que isto é uma conversa comigo mesmo, mas imaginemos que não.
Pai, hoje era o dia do teu aniversário. Fazias 63 anos. E já passaram 7 desde que me pregaste essa partida.
Há 7 anos que não vejo o teu sorriso e encolher de ombros, enquanto dizes:
"Aqueles gajos não jogam nada. Assim não vão lá"
Quero-te dizer que este ano estão a jogar e bem! Só falta chegarmos ao fim em primeiro...
Há 7 anos que não te abraço num abraço apertado.
Há 7 anos que não posso gritar “Benfica” contigo a meu lado.
Apenas posso imaginar o teu sorriso, o teu abraço.
Imaginar o rosto e os olhos a brilhar.
Imaginar que te toco e que te beijo.
Imaginar e recordar com saudade.

Para ti, PAI, um beijo e um abraço,
tão grandes que o Universo não chega para os definir.

09/12/09

Do Editorial do Expresso - Ambiente e Verdade

"Sem pôr em causa medidas ambientais úteis, é necessário trabalhar com base na verdade"
Esta frase, do editorial do Expresso do passado Sábado, 07/12/2009, encerra em si mesma de forma concisa e assertiva aquilo que se passa hoje em dia na problemática ambiental, quer a nível internacional quer ao nível nacional.
Embora tudo aponte para que as emissões de CO2 sejam, de facto, a causa mais provável do aquecimento global, sendo igualmente essa a minha linha de pensamento, não me admira nada, antes pelo contrário, que os resultados de alguns estudos sejam forjados de modo a passar a mensagem com mais eficácia, o que para além de lamentável, é condenável.
Em Portugal, embora a uma escala muito mais diminuta e sem a gravidade de um problema global, como o são as emissões de gases com efeito de estufa, estou em crer que se passa algo de semelhante, com estudos que incidem sobre a mesma coisa e apontam para conclusões totalmente opostas. Exemplos não faltam, e assim de repente, lembro-me de: Estudos ambientais sobre o novo aeroporto (Ota/Alcochete), Barragem do Sabor, Co-incineração e a preservação do Lobo-Ibérico Vs Parques Eólicos!!
Não consigo entender como é que técnicos com a mesma formação, que trabalham sobre a mesma legislação, e muitas vezes, usando a mesma metodologia, chegam a conclusões tão díspares...
Explicações para tal não tenho. Ou se calhar até tenho, mas não passariam de especulações.
Vamos esperar, então, para ver no que vai dar o caso já baptizado de "Climategate".

05/12/09

Playboy Portugal (2010) - 12 meses 12 Capas

Fomos hoje surpreendidos, ou não, pela capa da versão portuguesa da revista Playboy. Em vez de uma qualquer pretensa celebridade do género feminino, como seria de esperar, eis que surge o...Ricardo Araújo Pereira.
No mês passado, já a Mãe Playboy de terras do Tio Sam, tinha, num golpe mediático e publicitário genial, dado honras de capa a uma personagem animada (feminina) - Marge Simpson - com o sucesso que se conhece.
Não me parece, no entanto, que seja este o caso da edição lusa.
Podiam colocar uma personagem animada? talvez...mas já não teria o mesmo efeito surpresa pretendido.
Uma vez que, ao que parece, a revista está em crise, e ninguém quer levar com a "abelhinha" da FHM de novo, ficam aqui 12 sugestões para os 12 edições de 2010 (se, entretanto, não fechar portas...):
Janeiro -  Roberto Leal
Fevereiro - Alberto João Jardim (Ed. de Carnaval)
Março - Toy
Abril - Otelo Saraiva de Carvalho
Maio - Fátima (a de Felgueiras...)
Junho - Noddy
Julho - Bibi
Agosto - Bobi e Tareco
Setembro - Emplastro
Outubro - Linda Reis
Novembro - Medina Carreira
Dezembro - MFLeite, em edição especial de Natal!

03/12/09

Lasers e espectáculos desportivos

Parece que a moda dos raios laser nas caras dos jogadores chegou a Portugal. Pelos vistos não é só com o CR9 (ex-CR7). Eis dois casos no último derbi, entre Sporting e Benfica. As "vítimas": Pablo Aimar e Ramires.

Manuela Ferreira Leite, as escutas e o Segredo de Justiça

A afirmação seguinte foi ontem proferida pela líder da oposição, Drª Manuela Ferreira Leite (MFL):
"O problema em causa não tem a ver com os acessos às escutas. Tem a ver com o facto de o povo português não conhecer o conteúdo das escutas..."
Quando a ouvi, esta manhã na rádio, pensei para com os meus botões que não deveria ter ouvido bem, que ningúem com responsabilidades políticas, ex-candidata ao cargo de 1º Ministro, e, actual deputada no parlamento luso, não teria ou poderia ter tamanha irresponsabilidade. Como tal, fui confirmar ao sítio web da dita estação de rádio, e, ingenuidade minha, não é que tal declaração tinha realmente sido proferida, eu não tinha ouvido mal, e sim, MFL tivera tamanha irresponsabilidade, não só política, mas igualmente cívica.
Vamos então por partes:
1º - "O problema em causa não tem a ver com o acesso às escutas" - Com esta afirmação, MFL está declaradamente a dizer que, o já tão famigerado Segredo de Justiça, por ela é para simplesmente "atirar às malvas". É uma opinião aceitável e defensável polítcamente, enquanto tal e em sentido lato. Já não o é quando está em causa um caso que, quer se queira quer não, se encontra em segredo de justiça, e concorde-se ao não, este tem que ser respeitado. Portanto, há um problema grave de atentado ao Estado de Direito Democrático, quando alguém ou alguns (que não o PGR, os magistrados com acesso ao processo e os investigadores) têm acesso às escutas.
2º - "...o facto de o povo português não conhecer o contéudo das escutas..." - Mas MFL queria o quê? que as escutas fossem afixadas em edital, em cada Junta de Freguesia deste País? Que a lei fosse, mais uma vez, grosseiramente violada? 
Nesta fase do processo, ninguém deverá ter conhecimento das escutas, com excepção dos agentes anteriormente referidos. 
No final do processo, ou quando os prazos legais assim o definirem, nada a opôr.  
Mais uma vez, com este tipo de declarações, MFL só vem confirmar duas coisas que já todos sabíamos (embora haja quem faça como avestruz...): Em primeiro lugar que o PSD continua sem ser ou se comportar como oposição credível; e, em segundo lugar, com a permanente preocupação de "assassinar" políticamente José Sócrates, o PSD principalmente através da sua líder e de Pacheco Pereira, apenas dá tiros no próprio pé, uma vez que se torna por demais evidente, que houve quem informasse há já algum tempo estes dirigentes políticos, do que se estava a passar e da existência de escutas em que o 1º ministro é, secundáriamente "apanhado". 
Ou alguém ainda acredita que na 1ª sessão parlamentar da actual legislatura, as referências aos eventuais casos de corrupção e às medidas de combate à mesma, por intermédio de José Pacheco Pereira e de Manuela Ferreira Leite foram inocentes ou pura coincidência?

É que ingenuidades meus caros, só ao volante e a ouvir rádio...

25/11/09

Da cortiça à resina, da rolha à cola

Vem este post a propósito de um conjunto de tweets trocados durante o dia de hoje, e que versavam, e muito bem, sobre o uso de rolhas de cortiça nas garrafas de vinho, e que, na minha ótica, vai muito mais além disso. Como se sabe, a cortiça é-nos proporcionada pelo Sobreiro (Quercus suber), espécie esta que faz parte natural da vegetação arbórea da Península Ibérica, e em particular das zonas alentejana, andaluza e raiana (portuguesa e espanhola).

Embora não pareça, o Montado de Sobro e Azinho constitui um dos mais ricos ecossistemas do planeta, por constituir um habitat natural para várias espécies de vertebrados - aves (algumas rapinas como o Falcão-peregrino Falco peregrinus, e a Coruja-das-torres Tyto alba, outras estepárias, como o Sisão Tetrax tetrax e a Abetarda Otis tarda), mamíferos (lebres, coelhos, javalis, morcegos arborícolas, etc…) e répteis - bem como pela existência de um coberto e sub-coberto vegetal (pastagens naturais), encontrando-se em forte declínio, ainda que de forma mais acentuada, em Portugal. O coberto arbóreo original no nosso país não tem nada a ver com o dos dias de hoje. Assim, onde há algumas centenas de anos atrás, de norte a sul do país, se encontravam várias espécies da família das Quercíneas, tais como o Carvalho-negral (Quercus pyrenaica), o Carvalho-alvarinho (Quercus ruber), o Carvalho-cerquinho (Quercus faginea), o Carrasco (Quercus coccifera), a Carvalhiça (Quercus lusitanica), a Azinheira (Quercus rotundifolia ) e, o já mencionado Sobreiro (Quercus suber), encontramos hoje vastas plantações de pinheiros bravos (Pinus pinaster), mansos (pinus pinea) e eucaliptos (várias espécies).

Centremos pois a nossa atenção no Sobreiro: Esta árvore, cujo revestimento (casca) é a cortiça, tem um papel de grande importância na preservação e manutenção do equilíbrio ecológico nas zonas onde existe, e que pode ser caracterizado, em primeiro lugar, pela barreira natural que constitui contra os incêndios (que são “naturais” nos países mediterrânicos, sendo que a cortiça tem uma enorme resistência ao fogo, protegendo a árvore num 1º nível, e, consequentemente, a um 2º nível, a floresta como um todo); é uma espécie de crescimento lento, o que permite que, de forma natural, tudo à sua volta, ou na sua dependência, tenha um normal desenvolvimento. E, finalmente, tem uma importância económica estrondosa, constituindo-se a cortiça um dos produtos portugueses mais exportados, sendo que até há pouco tempo, era mesmo o mais exportado.
É um ótimo exemplo em como a Economia e a preservação do Ambiente estão em perfeita simbiose.

E eis que chegamos à rolha: um dos maiores aproveitamentos da indústria corticeira é o fabrico de rolhas, principalmente para a indústria vitícola. E não se usam só rolhas em cortiça unicamente para rolhar as garrafas, mas também porque as características físico-químicas da cortiça são as ideais para a conservação das características organolépticas do vinho.
Ao se abdicar da utilização de rolhas de cortiça entramos no início de uma cadeia que levará à extinção do Sobreiro, uma vez que, e de uma forma simplista:
1) a indústria corticeira baixa a produção de rolhas baixando os seus lucros;
2) menos cortiça é usada;
3) mais sobreiros ficam ao abandono;
4) a recolha da cortiça não é feita;
5) as pragas e doenças do sobreiro acabam por tomar conta dos mesmos; e
6) os sobreiros acabam por morrer.
Posteriormente, a longo-prazo, e tal como aconteceu e acontece no norte do país, as florestas autóctones de carvalhos dão lugar a plantações em massa de pinheiros e eucaliptos. 

E de uma coisa tenho quase a certeza: nunca iremos ser conhecidos no mundo pela qualidade da nossa cola ou de outros produtos que tenham a resina como matéria-prima principal. Portanto, é tempo de inverter, de uma vez por todas o título deste post para: “da resina à cortiça, da cola à rolha”.

23/11/09

Crónicas C’um Caneco - Dia 6

Rodolfo, cada vez mais com os olhos arregalados e descaídos para o peito de Eugénia, deu duas profundas passas no largo Gittannes, não disfarçando o seu real nervosismo. Até os colegas o estavam a estranhar. Rodolfo nunca tinha aquele tipo de atitude, e muito menos adoptava aquela postura de falso descontraído. Era óbvio que aquela mulher mexia com ele. Definitivamente.
-Cara Sra. Eugénia! Afirmou aqui, perante todos nós, que não vê o Sr. Tobias há 3 dias, portanto, desde Quinta-feira, certo?
- Não, Sr. Agente. Não o vejo desde a tarde de 6ª feira, Sr. Inspector. Uma grande e bem passada tarde, diga-se de passagem – afirmou de forma insinuante mas serena. E de sexta até hoje, Domingo, são 3 dias. Afirmou Eugénia, não caindo na pergunta amanteigada do Inspector. E já agora, embora eu seja uma Senhora, não precisa de me tratar com tal deferência. É que me faz parecer mais velha, e como sabe, tenho apenas 26 joviais anos.
Rodolfo, acabara de ficar completamente “à nora” com a resposta e o à vontade desconcertante de Eugénia Epifânia. Não só pela astúcia demonstrada até àquele momento, como também, e principalmente, com alguns dos apartes e com o requinte de linguagem, com que aquela mulher o brindava de quando em vez. Vinte e seis anos. Apenas menos sete que ele, que tinha acabado de atingir a idade de Cristo. Só não sabia ainda era o peso da cruz que iria carregar nos tempos mais próximos.

(Continua...um destes dias!)

20/11/09

Deliberação da ERC - 9/PUB-TV/2009

É com isto que a ERC usa o seu tempo? Lá que tem graça, tem...
Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social Deliberação 9/PUB-TV/2009
Assunto: Participação de Ana Maria Pimenta, Telmo Rui Fernandes, Jaime Lima Ribeiro, Tânia Borges e Raul Coelho, contra a exibição de anúncio publicitário da Itouch Movilisto Portugal, Lda., “Orquestra de Peidos”
I. Objecto da participação
As participações recebidas dizem respeito à transmissão do anúncio “Orquestra de Peidos”, não só pelo horário em que foi transmitido, bem como pela utilização de uma linguagem de baixo nível.

...
VI. Análise e fundamentação
...
41. Observando o anúncio publicitário em apreço, verifica-se que as imagens retratadas são simbólicas – incluindo as cenas de nonsense (traseiros a tocarem instrumentos de sopro) – não se confundindo a representação humorística com a realidade. O formato banda desenhada atribui um sentido figurado à representação de flatulências, sendo que, manifestamente, não tem a pretensão de chocar ou ferir susceptibilidades, antes publicitar um produto que se deseja apelativo para o público precisamente pelo seu lado humorístico.
42. Ressalta-se, aliás, que, apesar de alguns aspectos da fisiologia humana – onde se inscreve a flatulência – poderem ser considerados tabu na nossa sociedade, estes assuntos não estão vedados ao exercício de humor.
43. Neste sentido, ainda que alguns aspectos visuais e textuais identificados no referido anúncio publicitário possam perturbar a sensibilidade de alguns telespectadores, a sua natureza deve ser compreendida à luz de um quadro simbólico, lúdico e humorístico – o produto objecto de publicitação é, aliás, caracterizado nesses termos: “Vais pôr toda a gente a rir!”.
44. Conforme tem sido entendimento do Conselho Regulador, não compete a esta Entidade pronunciar-se acerca da qualidade ou bom gosto dos conteúdos transmitidos pelos operadores televisivos, mas sim se foram violados os limites à liberdade de programação (Deliberação 23/CONT-TV/2008, de 23 de Dezembro).
45. Atente-se que o artigo 26º, n.º 2, da Lei da Televisão determina que “o exercício da actividade de televisão assenta na liberdade de programação, não podendo a Administração Pública ou qualquer órgão de soberania, com excepção dos tribunais, impedir, condicionar ou impor a difusão de quaisquer programas”.
46. Há, portanto, o reconhecimento de que a liberdade de programação não deverá sofrer ingerências externas, estando a mesma apenas condicionada em situações que ofendam a dignidade da pessoa humana e os direitos, liberdades e garantias fundamentais.
...
48. Ora, a exposição a conteúdos que envolvam alusão a flatulências (em contexto humorístico ou outro) não possui, per se, o potencial de interferir negativamente na livre formação da personalidade de crianças e adolescentes. A título ilustrativo, relembramos, por exemplo, a exposição Knojo!, que teve lugar no Pavilhão do Conhecimento, e que contribuiu para a desmistificação de alguns temas tabu ou reprimidos pela sociedade, incentivando uma abordagem sem tabus de algumas características fisiológicas do ser humano, onde se incluía a flatulência.
49. Face ao exposto, o Conselho Regulador considera que não foram ultrapassados os limites da liberdade de expressão, pelo que a transmissão de tais anúncios, mesmo no horário em questão, não se traduziu numa violação ao artigo 27.º da Lei da Televisão, nem ao artigo 7.º do Código da Publicidade.

VII. Deliberação
...
2. Considerar que o anúncio transmitido pela SIC e pela TVI se insere dentro dos limites da criatividade que é própria da actividade publicitária, pelo que não foi violado o disposto no artigo 27.º, n.º 1 e 4, da Lei da Televisão;
3. Arquivar consequentemente o presente processo.
....

A documento completo pode ser descarregado aqui

Os Submarinos, Paulo Portas e a Auto-Europa

Mais uma vez a sorte e a conjectura estão do lado do Paulinho. Dizem que a estória dos submarinos nunca vai emergir. Porque senão é a Auto-Europa que se afunda.
Como os submarinos. Até fico amarelo...

Cabedal e Napa

Euclides, assim se chamava um dos construtores daquela fabulosa mansão, tinha um cabedal do arco da velha. Todos os colegas lhe invejavam a sorte que tinha com as "camones".
Sorte? Interrogava-se Euclides. Não. Jamais!
O segredo estava na pele: Cabedal? sim, de dia. À noite...era napa!

16/11/09

Crónicas C’um Caneco - Dia 5


Eugénia estava à beira de um ataque de nervos. Tobias estava, ao que lhe diziam, morto. Assassinado. Tinha à sua frente um Inspector da “Judite”, que a acusava de ter praticado tal acto;  E continuava com uma branca enorme no que à noite anterior dizia respeito, em particular durante aquelas 4 malditas horas.
E se...e se?... não! Não podia ser. Eugénia não queria acreditar naquilo que lhe tinha acabado de passar pela cabeça. E se, durante aquelas 4 horas, algo de muito grave se tivesse passado? Algo de tão grave como...a...a morte de Tobias! E será que tinha sido ela? Não! Não poderia ser!
Nunca, em circunstância alguma, Eugénia cometeria tal acto, ainda mais com o “seu” Tobias. Nem com a mais valente das cardinas ou com uma brutal pedrada. 
Eugénia esforçou-se por explicar ao Inspector Rodolfo isso mesmo.
Contou-lhe a sua relação com Tobias, todas as aventuras e desventuras que com ele tinha passado, a relação azeda que mantinha com Vanessa - a “oficial” de Tobias, agora viúva – e o que se tinha passado na última noite. Disse-lhe, ainda, que a última vez que tinha estado com Tobias tinha sido no apartamento, há 3 dias atrás, durante a tarde de 6ª feira, e que depois disso nunca mais lhe tinha posto a vista em cima. Aliás, nem a vista nem mais nada, gracejou, conseguindo incomodar, de certa forma, o Inspector. 
Após cerca de 30 longos minutos a deixar Eugénia Epifânia falar sem interrupção, Rodolfo, que andava irritantemente de um lado para o outro, abeirou-se da cadeira de Eugénia, encostou-se à quina da velha mesa castanha, puxou de um cigarro e, fitou aquela mulher que ali se encontrava. Por muito que tentasse disfarçar, Rodolfo não evitava que os seus olhos deslizassem para os seios de Eugénia, e cujos mamilos quase trespassavam a fina camisola.
E Eugénia, sabida e experiente nestes assuntos, já o tinha topado.

(Continua...um destes dias!)

15/11/09

A Face Oculta e o Segredo de Justiça

Vem este post a propósito de tudo aquilo que se tem dito e escrito durante a semana que passou sobre o processo denominado de "Face Oculta" e do também já "careca" de ser discutido "Segredo de Justiça".Vamos por partes:- O processo "Face Oculta" (FO) foi desencadeado há algum tempo atrás, tento tido a sua face não oculta com as "visitas" da Polícia Judiciária (PJ) às instalações de algumas das maiores empresas nacionais em que o Estado tem participação - REN, EDP, GALP entre outras - e a ainda a outras pequenas e médias empresas, de capital exclusivamento privado, as quais prestam serviços às primeiras.- Para o normal desenvolvimento de um processo de investigação, é normal que sejam requeridas escutas telefónicas aos suspeitos, as quais são superiormente autorizadas por um magistrado. No seguimento, é também normal, que sejam registadas conversas que nada têm a ver com o caso em investigação e que, por isso, são posteriormente destruídas, ou caso sejam descobertos indícios de outros crimes, sejam extraídas certidões para que novas investigações sejam feitas.- No meio disto foram feitas escutas a Armando Vara, um dos arguidos do processo FO, e amigo de longa data do cidadão José Sócrates, que, por acaso, é 1º Ministro (PM) de Portugal, e como tal, ao abrigo do Artigo 11º da Lei 48/2007 de 29 de Agosto, o qual estipula que as escutas ao Presidente da Assembleia da República, ao Presidente da República (PR) e ao PM só possam ser autorizadas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que tem também o poder para as poder mandar destruir.- Numa dessas escutas, e segundo variados órgãos de comunicação social, uma conversa do cidadão José Sócrates com Armando Vara indiciaria alguma espécie de interferência na compra/venda de um grupo de Media. Ora aqui dá-se a eventual 1ª violação do Segredo de Justiça e ninguém disse nada sobre o facto.- Posteriormente, o Ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, em entrevista à SIC, deixa escapar algumas informações que também indiciam vi

13/11/09

Falando de Porcos - Smart pigs reflect on location of lunch

"PIGS can't fly but they do have other talents. In fact, they perform rather well on a task used to test the mental faculties of chimps, dolphins and parrots.
Donald Broom at the University of Cambridge placed food where it was only visible in a mirror, while a fan wafted its scent away from the pigs. Seven of eight pigs tested took less than a minute to learn how to use the mirror to find the food (Animal Behaviour, DOl: 10.1016/j.anbehav.200g.07.027).
This shows how aware they are of their surroundings, Broom says. "Pigs are keenly aware of what is happening around them," agrees Marc Bekoff of the University of Colorado, Boulder. The findings should be factored into welfare assessments of farms, he says."
In New Scientist, October 2009

11/11/09

Crónicas C’um Caneco - Dia 4

O sorriso durou pouco. O Inspector Rodolfo, após rápida e meticulosa análise da envolvente humana, levantou-se impulsivamente, e do alto dos seus mal medidos, por excesso, 165 cm, fitou Eugénia no mais profundo dos seus olhos, e sem perder tempo, puxou a culatra atrás e disparou:
- Minha Senhora! Como já deve ter reparado a sua situação não é nada famosa. Por isso, é do seu total interesse que acabemos com isto de forma rápida. Portanto, diga-me lá: Porque matou o Sr. Tobias de Andrade? Ciúme? Dinheiro?
Eugénia Epifânia gelou! Congelou!! Mas o que se passava? Do que é que a estavam a acusar? O Tobias...o seu Tobias tinha morrido? E assassinado?!...
- Desculpe Sr. Inspector, mas não estou a preceber – balbuciou, entre alguns tímidos soluços, que rapidamente perderam e vergonha – Está-me a dizer que o Tobias está...está...morto?
- Sra. Eugénia Epifânia! Não torne as coisas mais difíceis! vocifrou Rodolfo, alteando a voz.


(Continua...um destes dias!)

08/11/09

Calças e sapatos

Confesso que já faz algum tempo que esta questão me faz pensar. E vem na linha das Ovoletes do Augusto:
Porque raio se diz que os sapatos se calçam e as calças se vestem? Não ficaria melhor, ou pelo menos com mais sentido, que as calças se calçassem?..
Quanto aos sapatos, esses, sempre se podem sapatar.

05/11/09

Referendo e Referendos

5 ideias para referendos, com prioridade sobre o do casamento entre pessoas do mesmo sexo:
1) Concorda com a proibição do uso da colher-de-pau nos restaurantes e afins?
2) Concorda com a proibição de comer jaquinzinhos quando estes têm menos de 7,4 cm de comprimento e 3 de largura?
3) Concorda com o acordo de Portugal com o Estado do Vaticano, vulgo Concordata?
4) Concorda com a realização do Mundial de futebol em dois mil e troca o passo?
5) Deverá o Estado acabar com o uso de animais selvagens no circo?

01/11/09

Chegou a "Hora do Lobo" - Tributo ao António Sérgio

Hoje pela manhã, quando me dirigia para comprar o jornal, um "twitt" colocou-me em alerta: dizia qualquer coisa como "em memória do António Sérgio...."; Fiquei de imediato preocupado, lembrando-me do meu ídolo radiofónico desde sempre, e dos saudosos programas "Sons da Frente", Rock em Stock" e da "Hora do Lobo", entre outros. De imediato tentei saber mais informações via twitter e, já em casa, pela net, tive a pior confirmação: era mesmo O António Sérgio. O nosso António Sérgio. O Lobo da rádio.
A minha primeira reacção, fruto dos tempos em que vivemos, foi colocar um post no Twitter com a foto que acompanha este mesmo texto.
O António Sérgio foi, é, e sempre será uma referência no panorama da rádio nacional.
Costuma-se dizer que na vida não há insubstituíveis. É verdade. Mas também se costuma dizer que não há regra sem excepção. O António era a excepção.
A última vez que vi o António foi no 5para1/2noite, na RTP2. Bem disposto como sempre e sem dizer mal de ninguém.
À memória, e assim de repente, lembro-me de ter ouvido uma versão acústica do "Fly away" do Lenny Krevitz, numa madrugada de estudo em Évora, que adorei, e que posteriormente andei à procura. Não encontrava. Algumas madrugadas depois, liguei-lhe para a Comercial e logo me contou toda a história daquela versão e onde a podia encontrar. Era assim, o António. Um Homem bom e disponível não só para os seus amigos e familiares, mas também para os seus ouvintes.
Ao contrário daqueles que acabaram com "A Hora do Lobo"...
À Ana Ferrão, sua mulher, só lhe consegui dizer ao telefone que todos nós tínhamos perdido algo.
Mais uma vez aqui fica esta foto do Lobo, que para mim sempre vai ficar associada ao António Sérgio.


 
 Fica ainda o Fly Away. Voa António, que o tempo nunca te esquecerá!!

31/10/09

Sondagem Lobo Ibérico Vs Parques Eólicos

A preservação do Lobo Ibérico e a construção de Parques Eólicos tem sido um tema que tem causado bastante discussão, a maior parte dela sem fundamento. Gostava por isso, que participassem neste mini-sondagem sobre o tema. Eis o link http://twtpoll.com/n41z8d

27/10/09

O Twitter, o Ambiente e a Economia


Já faz algum tempo que queria escrever algo sobre a relação que poderá existir entre as redes sociais, neste caso em particular, o Twitter, o ambiente e a economia. Penso até que é um tema que poderá dar “pano para mangas”, como reza a expressão popular.
A primeira coisa que me veio à cabeça na altura foi que o Twitter, pelo facto de se ter apenas 140 caracteres para se dizer algo, apelava, antes de mais e em primeiro lugar, à capacidade de síntese de cada um de nós, e em segundo lugar ao captar imediato da mensagem por parte do(s) receptor(es), e que isso seria um bom exercício não só para outras plataformas sociais (MSN, Facebook, LinkedIn), mas principalmente para jornalistas, estudantes, escritores, autores de blogs, etc, aplicarem nos seus trabalhos, notícias, teses, posts, etc.
Afinal de contas, dizer em poucas palavras alguma coisa que normalmente se diz no dobro ou mais, acaba por nos fazer ser assertivos, e todos nós sabemos o valor que a assertividade tem nos dias de hoje.
Na mesma linha de pensamento, escrevendo menos para dizer o mesmo, vai-se traduzir, em grande parte dos casos, numa economia de papel, de tinteiros, de electricidade, e por aí fora, até à famosa redução de emissões de carbono (esta será uma estimativa para ser feito mais tarde...).
Conclui-se então, ainda que de forma empírica e quiçá grosseira, que o Twitter, para além de ser “amigo do ambiente” acaba por ser também economicamente atractivo.

23/10/09

Environnement Wildlife Photographer of the Year


Nos últimos 20 anos era impossível obter esta magnífica fotografia. Um lobo ibérico (Canis lupus signatus) a saltar uma cerca ganhou o prémio principal do concurso «Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Year». O autor desta obra de arte é José Luis Rodríguez (Espanha).

22/10/09

Dulce Pássaro, Ministra do Ambiente - Curriculum



 Vogal do Conselho Directivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos
Nascida em Oliveira do Hospital em 1953, concluiu a licenciatura em Engenharia Química – Ramo de Tecnologia em 1976 no Instituto Superior Técnico de Lisboa e a Especialização em Engenharia Sanitária em 1982 na Universidade Nova de Lisboa. Iniciou a sua actividade profissional como assistente de Química e Métodos Instrumentais de Análise no Instituto Politécnico da Covilhã. Em 1977 ingressou como técnica superior na Direcção Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos, onde desempenhou funções de controlo das descargas de águas residuais industriais. Em 1986 transitou para a Direcção Geral da Qualidade do Ambiente, onde desenvolveu actividade no âmbito da aplicação do normativo comunitário no domínio do Ambiente, designadamente no combate à poluição marítima e no controlo das substâncias perigosas no meio aquático. Integrou o grupo de trabalho nomeado para a elaboração da primeira lei nacional da qualidade da água, o Decreto-Lei 74/90. Em 1990 foi nomeada Chefe de Divisão de Resíduos na Direcção Geral da Qualidade do Ambiente. Em 1993 foi nomeada Directora do Serviço de Resíduos e Reciclagem da Direcção Geral do Ambiente. Em 1997, com a criação do Instituto dos Resíduos, foi designada Directora do Departamento de Planeamento e Assuntos Internacionais daquele instituto. Em 2000 assumiu as funções de Presidente do Instituto dos Resíduos. Desde 1990 ligada à área dos resíduos, participou na discussão das directivas de resíduos, sendo membro de vários comités presididos pela Comissão da União Europeia e participou na elaboração e coordenação da implementação de toda a legislação nacional relativa a resíduos. Foi membro dos grupos de trabalho que elaboraram o Plano Nacional de Resíduos e mais tarde os Planos Estratégicos para a Gestão dos Resíduos Industriais e Hospitalares. Participou na elaboração da legislação de resíduos para o Território de Macau. Desde Março de 2003 é vogal do Conselho Directivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos.
Informações retiradas do sítio do Instituto de Resíduos: www.irar.pt

20/10/09

Pride (In the Name of Love) - U2 Celtic Tribute

And for those who prefers Celtic Sounds (Instrumental)!


Africa Celebrates U2 - Pride (In The Name Of Love)

For those who loves the Sounds of Africa and enjoy U2!


Crónicas C’um Caneco - Dia 3

Um quarto de hora, apenas um quarto de hora, foi o tempo que passou entre Eugénia ter o Inspector Rodolfo em frente a si, junto à sua porta, e este continuar igualmente à sua frente, mas agora numa sala de interrogatório da Polícia Judiciária.

Afinal a casa de Eugénia distava apenas cerca de 800 metros da Sede da PJ, tendo, praticamente levado mais tempo a descer as escadas do seu prédio com as mãos algemadas, do que própriamente o transporte entre os dois locais, na viatura baforenta da bófia.

Eugénia olhava para os seus pulsos e sorria. Ainda conseguia sorrir. “O que será que ainda fazia quela mulher sorrir”, questionava-se o inspector achando intrigante, mas ,ao mesmo tempo, cúmplice aquele esgar malandro na face daquela mulher que tinha algo de exótico.

Mal sabia ele, que o sorriso de Eugénia Epifânia ao mirar o par de algemas lhe trazia à memória alguns momentos completamente loucos passados com Tobias. Era um sorriso mais erótico do que exótico.


(Continua...um destes dias!)

19/10/09

Caça vs Ambiente

Perguntam-me muitas vezes, até pela actividade profissional que exerço, se sou contra ou a favor da actividade cinegética, vulgo Caça.
E, embora por motivos diferentes, sempre, ou quase sempre ficam admirados com a minha resposta: Sim, sou a favor e não tenho nada contra tal actividade, desde que bem sustentada quer a nível legal quer, principalmente, por quem a pratica.
E ficam admirados, porque quase toda a gente confunde Ambientalistas/Ecologistas com profissionais que trabalham em Ambiente, cuja regra nº 1 a seguir deverá ser, sempre, a da "Sensibilidade e Bom Senso".
Se o interlucotor é um cliente, promotor de um qualquer projecto, seja ele eólico, hídrico, agrícola ou turístico, fica logo todo contente porque pensa "Porreiro, estes tipos não vão colocar muitos entraves no Estudo ou parecer". Passados dois dias fica desenganado.
Se estamos a falar com ambientalistas mais pró radical, o pensamento já é o "Olha estes querem é agradar a quem lhes paga, por isso temos é que lhes dificultar o processo ao máximo".
É, com as devidas diferenças, a atitude adoptada por quem é a favor ou contra a caça, defendendo as suas posições de forma extrema.
Repare-se na cruel foto em baixo (autoria de Luis Vicente, Biólogo): Quem matou estas duas rapositas e as deixou penduradas na placa toponímica, nunca foi, não é, nem nunca será Caçador. Não passará de um ser ignóbil, que jamais terá o respeito dos outros, quanto mais respeito por si mesmo.
Só que temos que saber distinguir entre o imbecil que fez isto e a grande maioria dos Caçadores (e eu conheço bastantes), que nunca praticaria um acto desta natureza.
Assim como o Promotor de um projecto tem de adoptar a atitude de um caçador consciente, um ferveroso ambientalista tem de adoptar a atitude de bom senso de um profissional sério da área ambiental, não tomando o joio pelo trigo.


18/10/09

Joel Xavier

The best portuguese guitar player. One of the world greatest guitar players! Joel Xavier

17/10/09

Parque Eólico de Douro Sul

O Resumo Não Técnico do EIA do Parque Eólico de Douro Sul e Linha Eléctrica 400 kV pode ser descarregado aqui RNT.

16/10/09

Lobos no Parque Eólico de Douro Sul


Mas porquê que o Investigador que dá a notícia não dá a cara, e não diz que já participou em outros estudos, inclusivamente comigo e com a equipa técnica que realizou o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) e que foi convidado para este. Nota-se que esta equipa, com mais ou menos este ou aquele elemento, já elaborou quase uma centena de EIAs de Parques Eólicos.
Se alguma coisa está a ser feita neste país para salvaguardar os lobos é através das acções pagas pelos Promotores Eólicos e que tb contribuem para os estudos deste investigador. Neste caso, de Leomil, já um parque está aprovado para lá, também já existem acessos por todo o lado. Existem medidas de minimização rigorosíssimas no EIA deste parque. E as alcateias existentes noutros lugares têm vindo a crescer, exatamente devido aos planos de monitorização, e às acções desenvolvidas em função, destes implementados nos EIA e pagos pelos promotores de parques eólicos, tais como as associações de defesa do lobo ibérico que são financiadas pelos promotores eólicos. Esta notícia peca por ser tendenciosa e só ter ouvido uma parte. A que faz mais barulho e que gosta de jogar nos 2 lados!!!
Quem se deslocar ao local vê que caminhos de acesso já existentes é o que não falta, caindo por terra o argumento que a abertura de acessos iria prejudicar o lobo (é verdade em muitos casos. Não o é neste!).
Infelizmente, não posso tecer mais comentários, por motivos profissionais, mas existe muito, mas mesmo muito contraditório para fazer a esta notícia.

10/10/09

Parque Eólico da Cabreira

Foto tirada no parque eólico da Serra da Cabreira, em Vieira do Minho.
A autoria é de Pedro (O Mexicano) Gonçalves.

Crónicas C’um Caneco - Dia dois

Depois de um banho mal amanhado, que apenas serviu para que ficasse, ainda mais, a questionar a sua dupla e cruel existência, Eugénia Epifânia vestiu, apenas e com desleixo, uma camisa XL beije sob a tez branca, tornando-a ainda mais pálida do que realmente estava.

Após o telefonema “da outra”, e sabendo que a polícia não tardaria a bater à porta, ainda pensou em pegar na velha mala, que por tantas batalhas tinha passado, despejar lá para dentro a (pouca) roupa que tinha e que se encontrava nas gavetas da cómoda, e fugir. Mas assim não poderia saber, pelo menos tão depressa quanto a curiosidade de uma mulher o permite, porque quereriam falar com ela e, mais importante, o que é que Tobias tinha a ver com o caso. Sim, porque para ser Vanessa a ter-se dado ao trabalho de lhe telefonar, é porque o Tobias estava metido em alguma confusão, que não deveria ser tão pequena quanto isso. E, de qualquer maneira, iria dar à sola porquê? Não tinha feito nada de mal! Bem, pelo menos que se lembrasse...É que aquela janela de 4 horas da madrugada anterior continuavam a ser um profundo buraco negro de lembranças.

Enquanto fumava “um pensativo cigarro”, ouviu a porta da rua brotar um esgar de dor, enquanto uma voz alta, firme e clara ordenava que abrisse a porta. Tinha chegado a polícia. Nervosa, com a beata trémula entre os amarelecidos dedos, abriu a porta, deparando-se com um tipo que nada tinha a ver com a voz que instantes antes ecoava pelo sala. Era Rodolfo. O Inspector Rodolfo da Judiciária, ladeado por mais dois agentes, ambos de casaco de cabedal rafado, e barba de três dias, a contrastar com a delicadeza da aparência do Inspector.

De imediato um gélido arrepio galgou toda a espinha de Eugénia. Alguma coisa lhe dizia que tempos problemáticos se avizinhavam. E não seriam financeiros...

(Continua...um destes dias!)


07/10/09

Crónicas C’um Caneco - Dia um

Eugénia Epifânia tinha acordado confusa. E dorida. Se a sensação de evasão mental tinha uma explicação lógica, ainda que não imediata, já a profusão de dor após o último par de costelas causava, mais que estranheza, preocupação.
Eugénia, bem olhou para o fundo e em redor dos seus aposentos, na esperança de decifrar alguma pista ou que algo lhe iluminasse o que poderia ter ocorrido na obscuridão em que se tornaram as últimas quatro horas da sua, já por si, desregrada vida, tal como seu pai a costumava, de forma simpática apelidar. Mas nada. Nada mesmo. A última (e única) coisa que se lembrava foi de dizer a alguém que aquele copo de final de noite é que lhe tinha feito mal. E de o repetir, vezes sem conta. Depois disso era uma imensa branca.
Os raios de sol penetravam, quais flechas lancinantes os seus olhos amêndoa, que herdara da mãe, através da primeira fiada de frinchas de um mal amanhado estore, que já não tinha a companhia do vidro da janela, partido numa das últimas discussões com o marido, amante e chulo, Tobias.
Tobias era o seu homem. O Homem, ora com agá grande ora com agá pequeno. O papel que representava na sua vida variava conforme os humores deste ou dos dias da semana. Certo, certo, é que entre segundas e quintas Tobias não aparecia. Mandava um dos seus “Streetdogs” fazer a coleta do que Epifânia tinha amealhado nessas 3 noites.
Mas aquela era uma manhã dominical. Por norma, Tobias costumava estar a seu lado nos dias santos. Mas por que raio não estaria naquele? Esta dúvida seria mais tarde desfeita, da pior maneira possível, através de uma chamada da esposa de Tobias que a avisara que a “bófia” estaria a caminho de sua casa, para lhe fazer “umas perguntinhas”. O tom de voz de Vanessa, embora preocupado, não escondia uma certa satisfação de alguma forma escabrosa. Vanessa era um dos vértices do triângulo da vida de Epifânia e de Tobias. O vértice oficial.
A confusão instalava-se e estalava cada vez mais a cabeça de Epifânia. O que quereria a “judite” saber dela? Porque telefonaria Vanessa? Onde estava Tobias? O que teria acontecido naquelas últimas horas? E porque raio lhe doíam os quadris?
(Continua...um destes dias!)

19/09/09

Imaginem (Republicação)

Aqui fica um texto que postei em Setembro de 2004, num desativado blogue, e do qual infelizmente me lembrei, agora que Israel vai aumentar os colonatos em terras palestinas.











"Imaginem que vivem num país que não é um país.
Imaginem que os vossos pais e avós já nele viviam e não era um país.
Imaginem que o mundo imagina que nunca quiseram que fosse um país.
Imaginem esse país retalhado contra a vossa vontade.
Imaginem-se atirados para uma faixa de terreno isolada por redes e muros.
Imaginem que são impedidos de sair dela por terra, mar ou ar.
Imaginem essa faixa com cerca de 38 km por 10 km de área.
Imaginem que vivem numa aldeia cortada pela rede e pelo muro.
Imaginem que os vossos pais vivem do outro lado do muro.
Imaginem que apenas com uma licença podem passar para lá dele.
Imaginem que apenas com uma licença podem voltar.
Imaginem que, mesmo com licença, nunca sabem quando se pode passar o muro.
Imaginem que o vosso filho tem um acidente e precisa de um hospital do outro lado.
Imaginem que precisa de sangue.
Imaginem que não vos autorizam a passagem da ambulância onde ele segue para lá do muro.
Imaginem ver o vosso filho esvair-se em sangue à espera que o portão abra.
Imaginem voltar a casa com o corpo sem vida do vosso filho.
Imaginem que têm de ir trabalhar nos dias seguintes para o vosso campo do outro lado do muro.
Imaginem-se junto ao muro, à espera que o portão abra. Imaginem que abre.
Agora.
Imaginem-se a dormir junto à estrada, do outro lado do muro, num final de dia em que não vos deixaram voltar a entrar.
Imaginem que, no regresso, encontram uma escavadora sobre os escombros do que foi a vossa casa, as vossas roupas, os vossos livros, as vossas coisas...
Imaginem que têm de vender o terreno por dez vezes menos para arranjar outra casa.
Imaginem que têm de arranjar trabalho na construção do muro.
Imaginem-se a fazer cimento para ampliar o muro onde o vosso filho se esvaiu em sangue.
Imaginem que, finalmente, o mundo vos diz que o vosso país será mesmo um país.
Imaginem que vão votar pela primeira vez.
Imaginem que têm um governo eleito pela primeira vez.
Imaginem que o mundo não gosta do vosso governo.
Imaginem que o mundo impede que o vosso governo funcione.
Imaginem-se sem água e electricidade durante semanas.
Imaginem que não há polícia nas ruas, apenas militares estrangeiros.
Imaginem esses militares hostis ou, no melhor dos casos, indiferentes.
Imaginem que esses militares entram na casa do vosso vizinho durante a noite.
Imaginem não mais ver o vosso vizinho. Ninguém sabe porquê. Imaginem...
Imaginem-se, à noite, a sonhar com o vosso filho perdido.
Agora.
Imaginem raptados os membros do governo que elegeram.
Imaginem o mundo a ver televisão.
Imaginem a humilhação de tudo isto.
Imaginem todos estes anos."
E então imaginem alguém (a Esther Mucznik, por exemplo) dizer a vosso respeito:
"Não percebo porque alguns os vêem como vítimas."
Imaginem só...

Sugestões de leitura













João Lopes Marques, nascido em Lisboa, vive atualmente em Tallin, capital da Estónia, país pelo qual nutre especial simpatia. Navegando pelo mundo, não só pelo passar de enfadonhos "check-in", mas principalmente ao sabor das palavras, já nos brindou com dois fantásticos livros, primeiro com O Homem que queria ser Lindbergh" e posteriomente com "Terra Java".
O primeiro é "uma história de heróis, amor e valores que se perdem quando a vida decide surpreender-nos", sendo que o segundo "leva um homem ao encontro do seu passado e dos segredos que envolveram a descoberta da Austrália", tema que tem dado origem a acaloradas e interessantes discussões histórico-patrióticas.

03/09/09

Restaurante Vivenda das Trutas, Campelo, Figueiró dos Vinhos


Restaurante "Vivenda das Trutas", Campelo, Figueiró dos Vinhos. Pratos do dia e únicos:bifanas de cebolada acompanhadas c/ salada de cebola!? E Trutas de escabeche, mas faltou o gás... 2 mesas ocupadas com 5 pessoas. A empregada é forte (o traseiro parece uma Black Trinitron) Um dos clientes chama pelas trutas como se estivesse a chamar pelo gato... Mais valia ter comido no restaurante "Penico" mas estava fechado... Tá a correr bem o dia, gastronómicamente falando!!
RESULTADO: comi 1/2 bifana abafada em cebola e...3 Super Bock (valeu pela simpatia da...representante da Sony e pelas louras fresquinhas)! Ahh, quanto à sobremesa era fresquinha, fresquinha, fresquinha...congelada!!


14/08/09

Downloads ilegais: vai a TV Guia acabar

«A diferença entre um link e o seu conteúdo pode ser explicada da seguinte maneira: um jornal contém a programação televisiva, isto é, um link que permite que o cidadão possa descarregar um filme de um televisor através de um aparelho denominado “vídeo”. O link é a programação que o jornal traz, o conteúdo é transmitido pela estação de televisão. No caso dos sites de links ocorre o mesmo: o site possui o link e o cidadão, se dispõe de um programa de downloads configurado para identificar os links, pode colocar o seu computador em contacto com o de outros cidadãos de modo a descarregar o ficheiro. Nem uma única das 625 linhas do programa de televisão passa pelo jornal, nem um único bit da obra passa pelo site de links.

Um site de links apenas contém metadados (dados sobre dados), mas nunca uma obra protegida, pelo que não se poderá efectuar uma comunicação da mesma. Dado que não se regista uma comunicação pública, tanto faz que o site tenha ou não fins lucrativos, uma vez que a lei exige a simultaneidade de ambas as circunstâncias de modo que, na ausência de uma delas, não existe qualquer delito.»

David Bravo (um dos advogados de defesa no caso Sharemula)

Pergunto eu: será que vão fechar a TV Guia ou acabar com a programação TV nos jornais?

10/08/09

“Vão mas é trabalhar, pá”!!!

Domingo 9 de Agosto, Auto-Estrada 17, final de tarde:
Ontem, pelas 20.15 horas, na A17, um carro da Brigada de Trânsito da GNR, circulava a 118 km/h, na faixa da direita. Nada de anormal, até aqui.
Uma fila de automóveis perfilava-se atrás da referida viatura, quais ovelhas seguidoras, com medo de ultrapassar os senhores agentes da autoridade. Também nada de anormal até aqui, partindo do princípio que somos Portugueses.
A Auto-estrada, que se encontrava sem qualquer tipo de congestionamento, em que se via um carro de 5 em 5 km, com excepção, está visto, daqueles que faziam parte da fila “ávida” de ver como conduz um BT-GNR.
Então não é que um desgraçado e irresponsável condutor de uma viatura se atreve a tentar ultrapassar os agentes com o seu bólide, a uns estonteantes 135 km/h!!! De imediato, zelosos do seu dever, os agentes, numa manobra digna dos melhores e mais seguros condutores, mudaram subitamente de faixa (para a central), ligando o seu avisador de tejadilho, com a frase “BT-Controlo de velocidade”, fazendo com que o abusador condutor se perfilasse, igualmente na faixa da direita, atrás da referida Brigada (que entretanto voltou à faixa original) , seguindo cerca de 10 carros, em fila indiana, e mantendo todos a respeitável distância de segurança de 5 metros entre carros, que, como se sabe é o “indicado” para uma AE!
Tal cena repetiu-se, pelo menos 3 vezes, uma delas comigo.
É a isto que chamam e apregoam de “condução segura”, “civismo”, “respeito”, etc, etc...?
Eu a isto chamo, pura e simplesmente, estupidez em estado puro de agentes de autoridade que não devem ter mais nada com que se preocupar do que gozar o prato, ou então mostrar a sua (não) autoridade (Freud deve ter uma explicação melhor para isto).
Como diz um famoso personagem dos Contemporâneos: “Vão mas é trabalhar, pá”!!!

04/08/09

CMVM multa Benfica-SAD em 40 000 €

A multa com que a CMVM brindou o Benfica tem tanto de justa (como se vê, aliás pela aceitação da mesma por parte da Benfica-SAD como de completamente desfazada da realidade do Negócio Futebol e do que em torno dele gira.
Explicando melhor: A especificidade de uma contratação de um profissional de futebol, o que ela envolve, a quantidade inusitada de notícias sobre transferências que circulam diariamente, a maior parte delas falsas, apenas com o intuito de inflacionar joagadores (para não falar de outro tipo de interesses), é de tal forma grande que não tem comparação, por exemplo, com uma qualquer grande empresa que esteja a trabalhar para adquirir uma outra ou a preparar um grande negócio. Neste caso, não há permanentemente jornalistas a seguir administradores de empresas como o fazem com dirigentes desportivos, empresários e jogadores, plantados no aeroporto, com outros jornalistas do outro lado do mundo a fazer exactamente a mesma coisa, com dirigentes de equipas vendedoras a falarem para a comunicação social, também eles a tentarem tirar maior partido do negócio, e por aí fora.
Como tal, os clubes, qualquer um que seja, actua de igual forma com o objectivo de tentar fazer o melhor negócio possível, ao menor custo e sem a intromissão de outros clubes, que como é óbvio, também têm o direito de fazer, e fazem, o mesmo, podendo-se mesmo dizer que os benefícios de tal actuação são de tal maneira grandes, que multas mínimas de 40 000 € ou máximas de 150 000 €, acabam por ser diluídas no investimento feito, e serem meramente residuais não tendo qualquer tipo de expressão.
Nesta perspectiva, concluísse que as regras do mercado, embora tenham de ser iguais para todos, deveriam ser mais específicas em certas e determinadas áreas.

Ó Isaltino!!! E o Povo pá????

E não é que o homem se vai candidatar na mesma? Mas que raio de país é este e que tipo de justiça temos quando alguém que é efectivamente condenado, continua a gozar de plenos direitos como qualquer outro cidadão?
Sabendo de antemão da complexidade da justiça, custa no entanto a engolir, casos em que "por dá cá aquela palha" metem um tipo na prisão, e se calhar unicamente porque tentou arranjar comida para dar aos filhos e outros, depois de condenados a 7 (SETE) anos de cadeia efectiva ainda dão conferências de imprensa que considero, no mínimo, surreiais.
Tirem-me deste filme!!!

Cargos Públicos Vs Justiça

Diz Manuela Ferreira Leite (MFL), em declarações prestadas esta manhã, que não comentava um assunto tão sério como as candidaturas a eleições de pessoas condenadas na justiça, ou acusadas, em vésperas dessas mesmas eleições.
Esta questão foi colocada pela comunicação social no seguimento das declarações de Marques Mendes (MM) a colocar o “dedo na ferida”, aliás no seguimento de uma posição de coerência que já anteriormente tinha assumido, aquando da sua passagem pela liderança do PSD.
É claro que MFL não tem que pensar, ou ter a mesma opinião de MM ou vice-versa. Mas já não é tão claro que uma pessoa, candidata a 1º Ministro do País possa “pactuar”, ainda que pela via do silêncio, com este tipo de situações, ainda para mais quando, em pelo menos dois destes casos, os candidatos têm ligações ao PSD, ainda que não sejam apoioados pelo partido, pelo menos de forma oficial...
É óbvio, e da mais elementar justiça, e qualquer cidadão percebe que estes casos não credibilizam em nada o poder público e os políticos que o representam e servem (ou deviam servir), pondo em questão o trabalho pela “Causa Pública” que deveria nortear o sentido de quem fez da política profissão.

Pelas amostras que já tivemos anteriormente, paraece que os eleitores dos locais onde estas pessoas se candidatam é que pensam de outra maneira, pactuando, igualmente com esta espécie de “os meios justificam os fins”, o que não é de admirar, porque, afinal estamos em Portugal.

30/07/09

Joana Amaral Dias (JAD)


Anda meio país a discutir quem mente, quem diz a verdade, será que dizem ambos a verdade e tudo não passa de um diz que disse, o porquê do silêncio da JAD.

Palavra de honra que ainda não entendi qual o drama nesta situação. Senão vejamos os eventuais cenários e o que daí poderia advir:
1) José Sócrates, ou alguém em seu nome, tinham convidado JAD a fazer parte das listas do PS para deputados. Nada mais natural, uma vez que, estando em Democracia, e não tendo JAD qualquer cargo na cúpula do Bloco de Esquerda (BE), não vejo qualquer razão para o não poder fazer.
Caso tenha sido este o cenário, temos que: Louça fica mal na fotografia, pois não foi nada que já não tivesse eventualmente feito ou tentado fazer com Manuel Alegre; Sócrates fica mal na fotografia, pois vinha a desmentir uma coisa, a qual, a ser verdade, não teria nada de condenável, antes seria, em minha opinião, uma jogada política brilhante;
2) Sócrates, nem ninguém em seu nome, alguma vez convidaram JAD, e aí Francisco Louça fica mal na fotografia uma vez que fez uma falsa acusação, independentemente de ter sido ou não com intenção;
3) Alguém do PS, que não Sócrates ou os seus mais próximos, sondou em conversa privada, se eventualmente JAD estaria interessada em ser candidata pelo PS, uma vez que esta já tinha sido apoiante de Mário Soares, é uma mais-valia evidente e já não seria a primeira a sair do BE para o PS. Neste caso, Sócrates diz a verdade, Louça acaba por dizer meia-verdade ou meia-mentira (como quiserem entender) e JAD, ou alguém por ela e, eventualmente, em seu nome, lançou a questão para a opinião pública, acabando por ganhar algum protagonismo político, mesmo sem aparecer e estando no estrangeiro, segundo consta.
Não me parece que possa existir mais nenhuma hipótese, e também não me parece que nenhuma das anteriores seja motivo para o alarido que se está a fazer.
Solução: esperar pela JAD e pelas suas explicações, se as entender dar (isso já será outra conversa...), que no dia que chegar ao aeroporto (se é que viajou de avião), qual futebolista, vai ter um batalhão de jornalistas atrás. Enfim, pelo menos será muito mais agradável para estes andar atrás da Joana do que do Caicedo.

28/07/09

Conselho de Estado

Hoje, depois de ligar o piloto automático para fazer o trajecto mais comum (Lisboa-Santarém), dei comigo a pensar no nosso conselho de estado e nas personalidades que dele fazem parte. E perguntei a mim mesmo: qual o país europeu que conseguiu ter, no espaço de pouco mais de um mês, um conselheiro acusado de burla e enriquecimento ilícito (DL) e outro que ou é bêbado ou parece que está bêbado (AJJ)? Portugal; Qual o país em que um ministro faz um par de cornos a um deputado e é demitido? Portugal; Qual o país em que trocam um medicamento para os olhos que não é para ser usado nos olhos por outro qualquer que nunca foi usado nos olhos, e provávelmente nem deveria ser usado e lado nenhum? Portugal.
E pergunto eu: Será isto normal? e respostas, meus amigos, só tenho uma: infelizmente é.

08/07/09

Carbon dioxide reduction quick tips

Michael Bloch
Carbonify.com
"Global warming - it's our choice"

Buying green tags and carbon offsets is only part of the solution to global warming. We must also reduce the amount of activity that creates excessive carbon dioxide and other greenhouse gases such as methane. Here's a quick series of tips that all of us can implement:

Travel

  • Cut out short car trips. Cars release the most emissions when cold. Plan out your shopping so you can make fewer trips to the store each week.
  • Remove unnecessary weight from your vehicle; this will cut down fuel consumption and carbon dioxide emissions
  • One of the greatest fuel guzzling issues is caused by improper tire inflations.
  • Use public transport wherever possible - if public transport is lacking in your area; make some noise with local officials!

Home

  • If you don't need it, switch it off at the wall. Appliances running on standby power consume a great deal of energy, unnecessarily.
  • Take shorter showers and use the shower instead of the bath (saves a stack of water too!)
  • Turn down the heat or air-conditioning a fraction. Do you really need to get around in summer clothes in winter? Even setting your thermostat up or down a degree or two can make a huge difference in electricity consumption.
  • Recycle whatever you can. While recycling glass, paper, cans etc. does require energy to reform new products, it's far less than having to mine, drill or harvest the raw resources.

Work/office

  • See if you can telecommute (work from home) a day a week. This will save you gas and money and your employers a bit of electricity at the office!
  • Talk to your employer about carbon emission reduction strategies e.g. a "lights off when not in use" policy. Approach it not only from the warm and fuzzy environmental viewpoint, but the financial benefits. You never know, you may just get a promotion or a salary raise!

Garden

  • Don't burn leaf litter, mulch or compost it instead - burning vegetation spews great volumes of carbon dioxide and other heat trapping pollutants into the atmosphere

Food

  • Try to source locally, organically grown fruits and vegetables. Some green produce is shipped thousands of miles in refrigerated trucks before it hits your supermarket
  • Cut down a little on red meat - the livestock industry is responsible for millions of tonnes of methane, a greenhouse gas, entering our atmosphere each year.

General purchases

  • Before buying anything, ask yourself - "Do I really need this?" Rampant consumerism plays a huge role in carbon emissions as production cycles are for the most part energy intensive and one of the by-products of the cycle is carbon dioxide - not to mention other toxic chemicals. When purchasing, keep "green" close to mind.

Offset

  • We can't all buy 100% organically and locally produced items that have been created with renewable energy all the time, so try to purchase green tags to help offset carbon dioxide emissions. Rather than being an exercise in futility, offsets and green tags help provide investment capital for renewable energy programs.